É, pessoal...O ano está acabando e chega a hora de fazer uma reflexão e avaliação de tudo o que foi vivido. mas antes quero falar um pouquinho do final do ano aqui.
Não trabalhei muito estes dias, o que foi bom, já que o Nil veio aqui para casa. Dava uma tristeza danada ter que sair pro trabalho no começo da tarde e só voltar tarde da noite sabendo que o tinha deixado sozinho aqui em casa. Mas tudo bem. São ossos do ofício.
O Natal passamos juntos e foi regado a oração e muito carinho. Comida também, é claro. Até hoje a mesa está cheia! Mas a verdade sobre o Natal aqui é que eu o comemorei várias vezes e em vários dias. As comemorações nos flats começaram na segunda-feira passada, dia 20 de dezembro e foram até quarta-feira. Foram momentos muito bons para que eu pudesse me integrar ainda mais com o pessoal do trabalho. Na quarta-feira anterior já tinha comemorado o Natal no grupo de orações em que os moradores dos flats onde trabalho frequentam. E já ganhei presentes. Entre eles, um coco. Sim, um coco, desses que compramos em supermercado aí no Brasil. O presente mais inusitado de toda minha vida! Mas foi bom matar a saudade do gostinho do coco. E isso só aconteceu graças ao Nil, que com muita perseverança conseguiu abri-lo com instrumentos nada próprios para o serviço.
Na quinta-feira, dia 23, foi o dia de comemorar com as meninas que moram comigo, Teresa e Eva, já que elas iriam para casa na madrugada do dia 24. (O Nil também estava neste dia. Aliás, foi neste dia que ele partiu o coco e permitiu às alemãs provarem, pela primeira vez, a água de coco e comerem a fruta naturalmente).
E dia 24 à noite comemoramos só eu e o Nil. Foi muito bom!
Árvore de Natal proporcional ao tamanho
A única coisa ruim do Natal aqui é que, depois de a semana anterior ter sido de frio e muita neve, na semana do Natal, pelo contrário, as temperaturas subiram muito e toda a neve foi derretida. E justamente quando deveria cair, não cai!
E para completar as festanças de fim de ano, já estou esperando ansiosa pelo Ano Novo em Praga! Tomara que dê tudo certo e seja tudo muito lindo e que, ao contrário do que a palavra expressa, 2011 não seja literalmente uma praga!
Vamos à avaliação do ano...
Posso dizer, sem dúvida nenhuma, que este foi o ano mais emocionante de toda minha vida. Este ano minha vida deu um giro de 360o e tudo mudou de rumo.
No início do ano, presa em Ubatuba por causa do grande congestionamento causado pelos deslizamentos de terra que mataram tantas pessoas e destruíram a casa e a vida de tantas outras, nem imaginava terminar o ano na Europa, fazendo o que gosto e vivenciando tantas experiências engrandecedoras. Por outro lado, também não posso negar que foi com isto que sonhei e pedi para o novo ano: viajar para outros países, conhecer pessoas novas, aprender e me tornar alguém melhor. Valeu a pena ter pulado as sete ondinhas na praia! Realmente deram sorte!
2010. Eita ano que me surpreendeu, que mexeu com meu coração mais do que eu poderia esperar e me provou que ele é mais forte do que eu imaginava. Esse coração aguentou trancos e explosões de felicidade, surpresas e espantos. E o melhor de tudo é estar aqui agora, com aquele sentimento que nada nem ninguém pode tirar de mim: "você venceu, superou todos os desafios!!". E que venha 2011. Outro ano que promete! Já no início de janeiro realizarei o meu maior sonho, o mais ousado de todos que já ousei sonhar. Mas quero deixá-los curiosos e só conto quando estiver lá ou um pouco antes de ir. E, em 2011, se Deus quiser terminarei minha graduação e encontrarei um bom emprego. E depois a vida de gente grande começa: trabalhar e estudar muito para passar no Itamaraty. E se os anos seguintes forem tão bons quanto este, com certeza este será outro sonho que se realizará. Que a força de vontade para lutar pelos meus sonhos e objetivos nunca falte!
Um forte abraço a todos! E que 2011 seja um ano de muitas conquistas para todos vocês!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
As manotas que a gente dá
Pois é, estou com vergonha de contar, mas não serei egoísta e darei a vocês, queridos leitores e amigos, um motivo para rirem hoje (espero que não seja o único e que esqueçam rapidamente!).
Acontece que, no final de semana passado, atrasada para ir comer uma torta na casa de outros voluntários, tomei um banho e lavei o cabelo rapidamente, me arrumei e saí com o Nil, a passos largos, para a casa do pessoal. No meio do caminho me dei conta de que meu cabelo tinha, simples e puramente, congelado! Me esqueci de usar o precioso dom do raciocínio e, motivada pela pressa, esqueci a lógica: a água congela a 0 graus!! Não sei dizer ao certo o que pensei na hora, mas foi um misto de desespero (porque se eu dobrasse o meu cabelo ele quebrava e caía), de inconformação (por eu ter esquecido a coisa mais óbvia do mundo) e de graça (porque a situação era tão absurda que eu não podia fazer outra coisa a não ser rir de mim mesma!).
E preciso confessar que, apesar de confiar muito no Nil, fiquei rezando quando ele foi colocar o meu cabelo para dentro do meu casaco, para ver se descongelava e ainda ficava inteiro. E ficou, graças a Deus. Foi como renascer de novo! Até este momento, não sabia que era tão apegada ao meu cabelo!!
Mas o episódio não termina aí: cheguei à casa dos nossos amigos quase desmaiando, porque o frio nas contas me deixou até tonta!
Conclusão: Talita, pelo amor de Deus, não saia com o cabelo molhado quando a temperatura for 0 ou negativa! (desculpem, mas eu preciso repetir isto a mim mesma antes que cometa o mesmo erro novamente!)
E o fato de eu ser brasileira e não estar acostumada com este frio e com as temperaturas negativas não é justificativa, só ameniza um pouco os fatos! Mas eu juro que, para não desanimar os atuais e futuros professores de química, não ignorarei mais as propriedades físicas da matéria (assim espero!).
Mudando de assunto, também quero contar que, na quarta-feira passada fiz, pela primeira vez na vida, pão de queijo!
Tudo bem, isto não é motivo de tanto orgulho assim, mesmo porque, além de ser mineira e de não ter feito pão de queijo até então e de, até aquele momento, não ter noção de como fazer um pão de queijo, o "dito cujo" ainda era mistura em pó pronta, e eu só precisava adicionar alguns ingredientes e misturar tudo. E, mesmo assim, sem a ajuda de um paulista, até hoje eu estaria tentando fazer as maravilhosas bolinhas de queijo darem certo... :-( Vergonha Nacional!
Mas, graças à incrível habilidade de misturar a massa do Mathias (que ele aprendeu vendo o pai), tudo deu certo. E isto depois de eu ter queimado o liquidificador tentando misturar a massa e de ter quebrado uma vasilha de colocar chá das meninas que moram comigo, por causa da imensa bagunça que fizemos na cozinha.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, como dizia a minha querida professora de história Gilda Maria, eu tenho sim um motivo para me orgulhar. Se, durante meus 22 anos nunca tinha feito um pão de queijo sequer, nesta quarta-feira passada, dia 8 de dezembro (tenho que deixar tudo registrado, afinal, depois do que vou contar mamãe vai se orgulhar de novo por me ter como filha), fiz, pelo menos, 300 deliciosos pães de queijo. E dificilmente vivi momentos na vida tão prazeirosos quanto nas horas em que eu tirava os pães de queijo do forno e tinha que experimentar para ver se ficaram bons (o que era dispensável, porque pão de queijo ficar ruim é coisa rara, mesmo quando era eu quem estava na cozinha!). E nem dá pra expressar o quão bom eram os pães de queijo, porque depois de quase três meses sem comer um, pão de queijo tinha se tornado quase uma lenda!
Bom, vou ficando por aqui. Ainda tenho outras manotas e histórias para contar, mas o post já está muito grande!
Até a próxima, pessoal! Abraços!
Acontece que, no final de semana passado, atrasada para ir comer uma torta na casa de outros voluntários, tomei um banho e lavei o cabelo rapidamente, me arrumei e saí com o Nil, a passos largos, para a casa do pessoal. No meio do caminho me dei conta de que meu cabelo tinha, simples e puramente, congelado! Me esqueci de usar o precioso dom do raciocínio e, motivada pela pressa, esqueci a lógica: a água congela a 0 graus!! Não sei dizer ao certo o que pensei na hora, mas foi um misto de desespero (porque se eu dobrasse o meu cabelo ele quebrava e caía), de inconformação (por eu ter esquecido a coisa mais óbvia do mundo) e de graça (porque a situação era tão absurda que eu não podia fazer outra coisa a não ser rir de mim mesma!).
E preciso confessar que, apesar de confiar muito no Nil, fiquei rezando quando ele foi colocar o meu cabelo para dentro do meu casaco, para ver se descongelava e ainda ficava inteiro. E ficou, graças a Deus. Foi como renascer de novo! Até este momento, não sabia que era tão apegada ao meu cabelo!!
Mas o episódio não termina aí: cheguei à casa dos nossos amigos quase desmaiando, porque o frio nas contas me deixou até tonta!
Conclusão: Talita, pelo amor de Deus, não saia com o cabelo molhado quando a temperatura for 0 ou negativa! (desculpem, mas eu preciso repetir isto a mim mesma antes que cometa o mesmo erro novamente!)
E o fato de eu ser brasileira e não estar acostumada com este frio e com as temperaturas negativas não é justificativa, só ameniza um pouco os fatos! Mas eu juro que, para não desanimar os atuais e futuros professores de química, não ignorarei mais as propriedades físicas da matéria (assim espero!).
Mudando de assunto, também quero contar que, na quarta-feira passada fiz, pela primeira vez na vida, pão de queijo!
Tudo bem, isto não é motivo de tanto orgulho assim, mesmo porque, além de ser mineira e de não ter feito pão de queijo até então e de, até aquele momento, não ter noção de como fazer um pão de queijo, o "dito cujo" ainda era mistura em pó pronta, e eu só precisava adicionar alguns ingredientes e misturar tudo. E, mesmo assim, sem a ajuda de um paulista, até hoje eu estaria tentando fazer as maravilhosas bolinhas de queijo darem certo... :-( Vergonha Nacional!
Mas, graças à incrível habilidade de misturar a massa do Mathias (que ele aprendeu vendo o pai), tudo deu certo. E isto depois de eu ter queimado o liquidificador tentando misturar a massa e de ter quebrado uma vasilha de colocar chá das meninas que moram comigo, por causa da imensa bagunça que fizemos na cozinha.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, como dizia a minha querida professora de história Gilda Maria, eu tenho sim um motivo para me orgulhar. Se, durante meus 22 anos nunca tinha feito um pão de queijo sequer, nesta quarta-feira passada, dia 8 de dezembro (tenho que deixar tudo registrado, afinal, depois do que vou contar mamãe vai se orgulhar de novo por me ter como filha), fiz, pelo menos, 300 deliciosos pães de queijo. E dificilmente vivi momentos na vida tão prazeirosos quanto nas horas em que eu tirava os pães de queijo do forno e tinha que experimentar para ver se ficaram bons (o que era dispensável, porque pão de queijo ficar ruim é coisa rara, mesmo quando era eu quem estava na cozinha!). E nem dá pra expressar o quão bom eram os pães de queijo, porque depois de quase três meses sem comer um, pão de queijo tinha se tornado quase uma lenda!
Bom, vou ficando por aqui. Ainda tenho outras manotas e histórias para contar, mas o post já está muito grande!
Até a próxima, pessoal! Abraços!
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